quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Carteiro

Toys, brinquedos de arte

Os toys foram pensados parte por parte (os olhos, a boca, a expressão facial, o corpo e os adereços que iriam carregar). E cada detalhe fala muito da personalidade de quem os criou, mesmo sem perceber, o autor de cada toy termina se mostrando e revelando o que está no seu íntimo.
Foi muito bom ver as idéias saírem do papel e tomarem forma, jeito. Cada parte que era montada, costurada e feita, trazia consigo o desejo e a expectativa de vê-la pronta. Até porque estávamos materializando e dando vida a nossa imaginação.

Nas casas, no íntimo

Entre becos, vielas e avenidas, lá estávamos em visita às casas de cada um: no Nordeste de Amaralina, em Castelo Branco e no Subúrbio. Curvas e mais curvas, ladeiras e mais ladeiras.
“- Corre!
- Pega a câmera!
- Não está ouvindo?!
- Cadê Beni?!
- Rápido!”
Tudo isso para não perder aquele click. Em cada casa que passávamos nos sentimos acolhidos da mesma forma. Bolo, cachorro-quente, pizza.. Ah, foi tudo muito lindo, tudo muito bom e queremos mais!
Rimos, curtimos, zuamos e … Fotografamos. Ou melhor, registramos o particular de cada um de nós. Foi uma verdadeira invasão às casas alheias. Chegamos para fotografar com aquela sensação de “estamos em casa” e saímos com o gostinho de quero mais.

Primeiras impressões

De início o primeiro contato com a câmera foi de grande nervosismo, expectativa e desespero.
Não sabíamos como ajustar foco, luz e zoom.  Ainda nos faltava o olhar aguçado e a sensibilidade aflorada. Até porque eramos quase estranhos, a nossa turma tinha acabado de se formar e ainda faltava certa afinidade com os colegas, as educadoras e até mesmo com a própria câmera.
As primeiras fotos (testes) serviram para nos ensinar sobre iluminação e foco, já as seguintes nos serviram para treinarmos o olhar individual (o que ninguém vê). Mas aos poucos fomos nos doando, posando, clicando, observando e aprendendo mais.
Aos poucos fomos conquistando nosso espaço, ficando mais confiantes em nós mesmos e em nossos colegas, porque ninguém pode trabalhar sozinho, tem sempre que haver alguém para ajudar na iluminação com os rebatedores ou se necessário com o projetor de imagens.
E hoje já estamos mais apurados, mas ainda há muito que aprender.
P.S. Esse ainda não é o fim. Esse foi apenas nosso primeiro passo.